25.7.10

de volta.


Não quero saber porque deixamos de falar regularmente, não preciso saber porque nos largamos, hoje já nada disso importa. Talvez não foi coincidência encontrar-me contigo naquela noite, talvez tenha chegado a altura de nos vermos, quiça é tempo dos nossos caminhos se voltarem a cruzar. Não prometemos nada um ao outro, separamo-nos sem uma lágrima na cara e hoje, os nossos destinos voltam a unir-se depois de tanto tempo sem te ver. Foste simpático como sempre, disseste-me que não me vias há muito tempo e que tinhas saudades minhas, tocaste-me por dentro, pude ver nos teus olhos que ainda te lembras de mim, que não te esqueceste das nossas conversas.
Reencontrar-te fez-me pensar como mudaste, como mudei eu, recordei a nossa amizade, lembrei-me do dia em que te conheci, da primeira mensagem que trocamos, do teu jeito.
Tanta coisa aconteceu na minha ausência, algo mudou enquanto não estiveste aqui, comigo, e agora o meu coração bate desesperadamente, bate por ti sem eu perceber a razão.
Esta noite começou bem mas não findou do mesmo modo, foste parar ao hospital e quando me contaram fiquei desolada. Arranjei o teu número e mandei-te uma mensagem a perguntar como estavas. Esperei desesperadamente pela tua resposta, de segundo em segundo olho para o telemovel à espera que a luz acenda, mas não há sinal de ti.
Esqueci o resto do mundo, na minha mente só estavas tu. Nos dias seguintes só tu comandavas o meu pensamento, queria ver-te independentemente de teres uma ferida na cara ou não, para mim nada disso importava, simplesmente queria sentir a tua presença, queria conversar contigo e recordar-me de ti, recordar-me de nós.
Esperei tanto por ver-te, que acabei por me desiludir. Quando finalmente te observei estavas com uma rapariga pela mão, passaste simplesmente por nós, sem trocar uma única palavra. Fiquei mal, não por estares com outra, mas porque me preocupo demasiado contigo e não recebi nenhum gesto de carinho da tua parte. Só quando ela abalou me mandaste uma mensagem a dizer que eu não te tinha falado, dirigi-me a ti, perguntei-te se ficavas bem e fui embora. Não sei se os meus olhos reflectiram a preocupação que o meu coração sentia, mas o mais importante foi ver-te ali sozinho.

S*

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