23.6.10

páginas de história que o tempo cala.



Queria ter escrito este texto há mais tempo, queria, mas não conseguia, é difícil falar de ti, a caneta não quer escrever quando de ti se trata.
Confesso que doeu ver-te hoje, doeu porque não consegui estar perto de ti, como eu queria, como os meus olhos desejavam e a minha alma necessitava. A dor de não te ter por perto conseguiu superar a dor que sinto quanto mostras a tua arrogância, que ultimamente te acompanha em todos os caminhos da vida. Todos mudam, é verdade, mas tu mudaste demais, mudaste tanto que quase não te reconheço, nunca esperaria tais mudanças,nem no meu pior pesadelo.
A pessoa simples, humilde e simpática que eras, transformou-se numa pessoa arrogante e fria. Continuo a gostar de ti, é um facto, apesar de pensares que não me importas e que não és ninguém para mim. Não sabes a verdade, ou então finges não saber. Na minha mente estás e penso que no fundo o sabes, mas não podes ceder, é mais forte que tu. Não sei o que fazer, nem sei o que dizer, pois sei que talvez vou sofrer, e a coisa que menos quero neste momento é sofrer. Suspeito que careces de compaixão, foste magoado, brincaram com os sentimentos puros e graciosos que tinhas e hoje sentes-te usado e magoado por todos, talvez tenham sido estes os motivos que te levaram a mudar tanto do dia para a noite. Os sentimentos apetecíveis e doces permanecem em ti, bem escondidos nesse coração enorme, que eu sei que possuis.
Ai irmão, se soubesses a quantidade de vezes que eu penso em ti! Estás escondido nesses teus dois mundos, hoje mostras algo que não és, mas o interior conta e conta bastante, e sei que no interior tu não mudaste. Não mudaste e eu sinto isso. Tentas convencer o mundo inteiro que já não és o mesmo, mas eu vejo-te como te via, e para mim, és e sempre serás, o irmão que nunca tive.

S*

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